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12/16/2014

Declaração Política do 1° Encontro Nacional da Frente Ampla pela Paz (Bogotá, 14 e 15 de novembro de 2014)


É com imensa alegria que compartilhamos com os colombianos e as colombianas o sucesso total da realização do primeiro encontro nacional da Frente Ampla pela Paz, a Democracia e a Justiça Social, em meio a um espírito unitário e plural, no qual organizações políticas, sociais, ambientais, culturais, étnicas, nacionais e locais apresentaram seus acúmulos de mobilização, organização e exercícios de governo em função de encontrarmos formas para materializar o anseio de paz e de construção de uma alternativa de mudança.
Em nosso encontro, tivemos a alegria de contar com a participação de delegados do Uruguai, Equador, Bolívia e Brasil, assim como do Fórum de São Paulo, que dividiram conosco sua experiência unitária que lhes permitiram chegar ao governo e promover mudanças significativas em seus países. Certamente, sua importante trajetória e o apoio latino-americano nos brindarão com significativas contribuições no unitário caminho que hoje retomamos com renovada energia e, também, àqueles que nos convocam.
Nós, colombianos e colombianas, assistimos a um momento excepcional que pode abrir o caminho para transformações históricas. O processo de paz entre as FARC-EP e o governo nacional de Havana, Cuba, deve ampliar-se ao diálogo com o ELN e demais insurgências.
A paz que o povo reclama requer mudanças e reformas sociais para romper com a injustiça e a insultante desigualdade; uma abertura democrática que reconheça novos direitos e assegure os existentes. Pelo contrário, a atitude do governo é incoerente frente ao processo de diálogo e os pré-acordos em Havana: agenda legislativa, lei de baldios, desconhecimento de consultas prévias e titulação coletiva, além da ampliação da jurisdição militar vão contra a via de um acordo de paz e desconhecem o acordado com as organizações sociais e populares. Igual preocupação nos inspiram aqueles inimigos da paz, tanto de dentro quanto de fora do governo, se encontram na ofensiva para boicotar o processo.

Para que uma Frente Ampla pela Paz?
Nós que constituímos a Frente Ampla pela Paz, pela Democracia e pela Justiça Social acreditamos que a paz democrática será possível mediante a mais ampla confluência de todos os setores democráticos, progressistas e de esquerda, uma forte torrente que conquiste as maiorias de nosso país. Neste sentido, será nosso papel: contribuir com a articulação das diversas iniciativas que, em prol da paz, se desenvolvem hoje em nosso território; respaldar os diálogos de paz e aprofundá-los. Encontramo-nos aqui para construir conjuntamente uma alternativa política que nos permita ser governo e empreender as urgentes mudanças demandadas por nosso país.

Incentivaremos de maneira conjunta:
• Apoio à solução política, aos processos de diálogo em curso, aos que faltam ser instalado e à construção de uma paz cimentada na justiça social e nas visões plurais de muitos e muitas.
• A necessidade urgente de um cessar bilateral do fogo e o chamado a todos os atores para evitar a afetação da população.
• O desenvolvimento de uma verdadeira reforma política, que democratize o sistema político colombiano e que dê reais garantias de participação aos movimentos políticos e sociais alternativos nas diferentes instâncias de decisão dos assuntos centrais de nosso país.
• A defesa e construção de nosso território, natureza e bens comuns; promovendo as diversas concepções que existem no movimento social e político, buscando sua articulação.
• A defesa da soberania de nossa nação para definir sobre nossos aspectos econômicos, políticos, culturais, ambientais e militares.
• Juntar as diversas lutas como passo indispensável para construir um bloco contundente, político, social e cultural que seja opção de poder.
• Trabalhar para que a construção da Frente Ampla permita a construção de pontes, onde todos os setores partícipes enfrentem unitariamente as eleições de 2015.
• A possibilidade de um processo de assembleia nacional constituinte está no horizonte de reflexão da sociedade colombiana em seu conjunto. Estamos construindo uma rota própria desde o movimento popular para chegar a este momento. O caminho para a paz, requer, no entanto, um decidido e vitorioso movimento social pela paz, o qual convocamos a todos os setores políticos e sociais do país.
• Trabalhar conjuntamente para que o ano de 2015 seja o ano da mobilização social e política pela paz, começando em dezembro de 2014, com a Grande Reunião de Convergência pela Paz, o Congresso Constituinte pela Paz em 09 de abril de 2015, a construção das frentes amplas departamentais em todo o país com vistas à realização do Segundo Encontro Nacional da Frente Ampla no mês de maio, assim como as demais, a serem desenvolvidas pelos setores sociais nas regiões.

E a frente como?
Concordamos em aprender com nossas experiências passadas, tanto com nossos acertos quanto erros; e em construir sobre a base da unidade na diversidade, fazendo desta nossa máxima potência e não a maior debilidade, e superar esquemas que nos conduziram ao imobilismo, ao desencontro e à fragmentação.
Da mesma maneira, concordamos que esta experiência unitária deve ter como centro as bases, promovendo o encontro local, regional para, desta forma, construir uma verdadeira perspectiva nacional.
Esta Frente Ampla deverá continuar sendo construída pela mão da mobilização social e popular, a partir de práticas inclusivas, do reconhecimento da diversidade e das distintas maneiras de fazer, com trabalho permanente, ética e mudança das práticas de fazer a política.
Somos um somatório de ações, vontades, convicções e disposição. Um espaço aberto e convocatório, produto de nossas deliberações e coincidências como processos regionais, indígenas, agrários, afro-colombianos, sindicais, de diversidade sexual, de novas cidadanias, estudantis, docentes, urbanos, da cultura, das organizações locais; assim como das dinâmicas nacionais participantes da convocatória deste primeiro encontro.
Fazemos um chamado para o diálogo ao país e convidamos a continuar construindo a Frente Ampla pela Paz, juntamente a todos os atores da sociedade, para dar a conhecer as propostas que sustentam a necessidade da unidade na luta por uma paz justa, democrática e inclusiva, que abra o caminho para a construção da justiça social e entregue ao povo o protagonismo indispensável para moldar a nova Colômbia.
Saímos com a certeza de que nossa potente unidade na diversidade nos permitirá alcançar os sonhos da paz e da reconciliação de nosso país, assim como o exercício que nos permita construir uma Colômbia soberana digna e realmente democrática.

Bogotá, 15 de novembro de 2014

12/15/2014

NOTA DE APOIO À CONTINUIDADE DOS DIÁLOGOS DE PAZ ENTRE AS FARC-EP E O ESTADO DA COLÔMBIA



Nós, forças sociais e políticas democratas e populares do Brasil, expressamos nossa imensa satisfação com a retomada dos diálogos de paz entre as FARC-EP (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo) e o Estado da Colômbia.
Entendendo a importância desse processo para toda a América Latina, mas principalmente para o sofrido e valente povo da Colômbia, estamos confiantes em que esse processo, assim como a abertura dos processos com as insurgências ELN (Exército de Libertação Nacional) e EPL (Exército Popular de Libertação), continue até um desfecho que implique nas reformas necessárias para fundar uma paz estável e duradoura com justiça social, democracia e soberania.
Exortamos às FARC-EP e ao Estado da Colômbia a assumir um cessar fogo bilateral, o qual foi proposto desde o inicio dos diálogos pelo conjunto dos movimentos sociais e populares da Colômbia, assim como pelas próprias FARC-EP (que já em três ocasiões realizou gestos unilaterais nesse sentido); também fazemos um chamado à construção de mecanismos que possibilitem garantir a continuidade do processo de paz em momentos de crise e intensificação do conflito, caso não se efetive um cessar fogo bilateral; e, finalmente, achamos importante que os canais para uma maior e efetiva participação do povo da Colômbia sejam abertos o mais breve possível.
Expressamos assim, mais uma vez, toda a nossa solidariedade com o processo de paz na Colômbia e com as lutas do povo, e para continuar contribuindo nos comprometemos com a construção do II Fórum pela paz na Colômbia em 2015 no Uruguai.

Brasil, 10 de dezembro de 2014.

Organizações assinantes:
BRIGADAS POPULARES
CALLES
CASA DA AMÉRICA LATINA
CEBRAPAZ
COLETIVO FEMINISTA ANA MONTENEGRO
COLETIVO MINERVINO OLIVEIRA
CORRENTE SINDICAL UNIDADE CLASSISTA
CRM
CTB
FSM
MARCHA PATRIÓTICA CAPITULO BRASIL
MPA
MST
MTST
OAB – RJ Comissão de Direitos humanos
OCAC
PCB
PCdoB
PCR
UJC

UNEGRO

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NOTA DE APOYO A LA CONTINUIDAD DE LOS DIÁLOGOS DE PAZ ENTRE LAS FARC-EP Y EL ESTADO DE COLOMBIA

Nosotros, fuerzas sociales y políticas, democráticas y populares, de Brasil, expresamos nuestra inmensa satisfacción con el reinicio de los diálogos de paz entre las FARC-EP (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia – Ejército del Pueblo) y el Estado de Colombia.
Entendiendo la importancia de ese proceso para toda América Latina, pero principalmente para el sufrido y valiente pueblo de Colombia, confiamos en que ese proceso, así como la apertura de los procesos con las insurgencias ELN (Ejército de Liberación Nacional) y EPL (Ejército Popular de Liberación), continúe hasta un final que implique en las reformas necesarias para fundar una paz estable y duradera con justicia social, democracia e soberanía.
Exhortamos a las FARC-EP y al Estado de Colombia a asumir un cese al fuego bilateral, el cual fue propuesto desde el inicio de los diálogos por el conjunto de los movimientos sociales y populares de Colombia, así como por las propias FARC-EP (que ya en tres ocasiones realizó gestos unilaterales en ese sentido); también hacemos un llamado a la construcción de mecanismos que posibiliten garantizar la continuidad del proceso de paz en momentos de crisis e intensificación del conflicto, en caso que no se haga efectivo un cese al fuego bilateral; y, finalmente, consideramos importante que los canales para una mayor y efectiva participación del pueblo de Colombia sean abiertos a la mayor brevedad posible.
Expresamos así, una vez más, toda nuestra solidaridad con el proceso de paz en Colombia y con las luchas del pueblo, y para continuar contribuyendo nos comprometemos con la construcción del II Foro por la paz en Colombia en 2015 en Uruguay.

Brasil, 10 de diciembre de 2014.

Organizaciones firmantes:
BRIGADAS POPULARES
CALLES
CASA DA AMÉRICA LATINA
CEBRAPAZ
COLETIVO FEMINISTA ANA MONTENEGRO
COLETIVO MINERVINO OLIVEIRA
CORRENTE SINDICAL UNIDADE CLASSISTA
CRM
CTB
FSM
MARCHA PATRIÓTICA CAPITULO BRASIL
MPA
MST
MTST
OAB – RJ Comissão de Direitos humanos
OCAC
PCB
PCdoB
PCR
UJC

UNEGRO


5/22/2013

ORGANIZAÇÕES CONVIDAM GOVERNO E GUERRILHA A APRESENTAREM SUAS PROPOSTAS PARA A PAZ DURANTE O FÓRUM

O Fórum pela Paz na Colômbia acontece em meio aos diálogos de paz entre o governo colombiano e as forças insurgentes das Farc travados em Cuba. Com objetivo de apoiar o processo de paz e reivindicar maior participação da sociedade civil nos diálogos, as entidades organizadoras do Fórum convidam representantes de ambos lados para apresentarem suas propostas para a paz e debater com os participantes do evento em Porto Alegre.

Segue abaixo o convite traduzido ao português: 


São Paulo, 30 de março de 2013
Senhores Representantes das partes na Mesa de Diálogos de Paz
Governo da República da Colômbia
A/C: Dr. Humberto de la Calle Lombana
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo
A/C: Sr. Iván Márquez

As organizações sociais, sindicais, políticas, negras, de juventude e de mulheres da República Federativa do Brasil e da República da Colômbia que assinam este documento se juntaram para promover um Fórum pela Paz na Colômbia, em respaldo aos diálogos de vêm sendo realizados em Havana e pelo apoio a uma mesa de diálogo com o ELN. Será um fórum da sociedade civil que concentrará seus esforços em abordar temas relacionados com o conflito social colombiano com a finalidade diversa e plural de reunir propostas e iniciativas que fortaleçam a participação popular na construção de um eventual acordo de paz.

 O fórum acontece entre os dias 24 e 26 de maio na cidade de Porto Alegre, localizada no sul do Brasil. Nestes dias discutiremos democracia, justiça social, terras e territórios, mulheres, jovens, direitos humanos, soberania, conheceremos a cultura e a arte colombianas, entre outros temas. Nesse contexto não podem faltar as vozes que estão buscando um acordo na mesa de diálogos de Havana, razão pela qual os organizadores do Fórum convidam o Governo Colombiano e as Farc-EP a expressar suas propostas de paz no dia 25 de maio, entre as 15 e 18h (horário brasileiro). Cada um contará com 60 minutos para manifestar suas opiniões e 30 minutos para responder perguntas.

 Este comunicado será publicado pelos meios autogestionados do Fórum e das entidades organizadoras. Também faremos chegar a vocês esta mensagem através das embaixadas dos países facilitadores do processo de diálogo presentes na República Federativa do Brasil.

 Com desejo de contribuir para a paz na Colômbia;

Atenciosamente,

Comitê Organizador do Fórum pela Paz na Colômbia
(veja a lista das organizações que assinam)

4/25/2013

PIEDAD CÓRDOBA DESTACA IMPORTÂNCIA DO FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA

"O Fórum é muito importante porque o apoio internacional é definitivo não só para a Colômbia, mas para toda a região, para que o povo entenda que é preciso conseguir a paz", disse  a ativista de direitos humanos e porta-voz do Movimento Marcha Patriótica

*Publicado no site Vermelho.

Córdoba: Saída para Colômbia é a integração; sozinhos não podemos

Por Vanessa Silva e Leonardo Wexell Severo, de Caracas

 A Colômbia vive um momento histórico de diálogo entre o governo e as Farc. Mobilizada, esta sociedade vive um intenso debate e participação em torno dos Diálogos de Paz. Para a ex-senadora, Piedad Córdoba, em entrevista ao Portal Vermelho, “os colombianos não conseguem encaminhar este processo sozinhos”, daí a importância do apoio de países como Brasil, Cuba, Venezuela e de eventos como o Fórum pela Paz na Colômbia.

Joka Madruga/ ComunicaSul

Em Caracas, onde participou do processo eleitoral venezuelano, a ativista de direitos humanos e porta-voz do Movimento Marcha Patriótica ressaltou a importância do ex-presidente Hugo Chávez para o início das conversações entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP), o governo e a sociedade colombiana que tiveram início com a instalação dos Diálogos de Paz no país. “Chávez com sua inteligência sabia a importância do fim da guerra na Colômbia para a paz na América Latina. Temos que ter consciência de que sozinhos os colombianos não podemos. Por isso, precisamos do apoio de todos os latino-americanos”.

No início de abril, milhares de colombianos saíram às ruas para expressar apoio aos diálogos de paz instaurados em Havana com o apoio de Cuba, Venezuela, Chile e Noruega. “Conseguimos mobilizar quase um milhão de pessoas: camponeses, indígenas, negros, indígenas, mulheres, estudantes em torno da paz”, conta a ativista pelos direitos humanos.

Portal Vermelho: Qual é a importância que Chávez teve na instalação do processo de paz na Colômbia?

Piedad Córdoba: Muitíssima porque sempre esteve muito interessado na paz. Ele ajudou muito no processo de libertações [de prisioneiros das Farc], sem o qual creio que não estaríamos neste momento começando o que se conhece como a Mesa de Havana. Sua participação permanente, contribuição, colaboração, foram definitivas. Sem isso, não creio que teria sido possível pensar que podemos conseguir a paz. Milhares de colombianos foram às ruas para respaldar este processo.

Como avalia o atual momento da Colômbia?
Joka Madruga/ ComunicaSul

É muito importante e a Marcha Patriótica avalia que temos muita força. Muitas pessoas foram mobilizadas. As pessoas estão buscando a paz e não querem o fracasso das negociações da Mesa de Havana. É uma chance tanto para o governo nacional, como para as Farc de avançar para que também se incluam o Exército de Libertação Nacional (ELN) e a sociedade [nos diálogos em Havana].

Será realizado no Brasil, entre os dias 24 e 26 de maio, o Fórum Pela Paz na Colômbia. Como ele poderá contribuir com este processo? 

O Fórum é muito importante porque o apoio internacional é definitivo não só para a Colômbia, mas para toda a região, para que o povo entenda que é preciso conseguir a paz. A paz da Colômbia é a paz da região também, e nós temos uma ameaça muito grande pelo que significa a incidência dos Estados Unidos na Colômbia. Então creio que do ponto de vista ético e humanitário, a Colômbia está passando por um momento histórico muito complicado e muito grave. Nessa medida, a comunidade internacional tem pressionado para que isso [o conflito] realmente acabe. Diante do marco deste processo, vamos gerar imaginários a favor da paz na América Latina e na própria Colômbia.

Como se comportam os grandes meios de comunicação diante dos processos de paz? 

Eles agem como agem sempre. São porta-vozes do poder estabelecido, que resiste a dar espaço à participação política, à mudança do número da pobreza e miséria institucional, a dar margem para outras alternativas. Resumindo, ela tem um péssimo papel de isolamento, macartização [mudança nas leis dos Estados Unidos para a perseguição de comunistas, progressistas, esquerdistas] e acusações que contribuem muito pouco para que as pessoas se informem de verdade e livremente sobre o país.

Acompanhe o especial do Portal Vermelho sobre os Diálogos de Paz na Colômbia