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5/19/2013

GRANDES NOMES DA MÚSICA LATINO-AMERICANA APOIAM O FÓRUM PELA PAZ

Uma das atrações artísticas que participará do Show pela Paz na Colômbia, no dia 24 de maio, é  o cantor e compositor uruguaio Daniel Viglietti, um dos maiores expoentes da música de protesto latino-americana, que chegou a gravar um disco junto ao poeta Mario Benedetti. Há décadas, Daniel é artista comprometido com as causas populares latino-americanas, como se pode ver neste  vídeo no qual canta na Nicarágua em plena Revolução Sandinista. Além do cantor uruguaio, haverá a apresentação do show cantoria brasileira, de Pedro Munhoz, Cícero do Crato e Zé Pedro Rocha e outra atrações como grupos folclóricos argentinos e colombianos e rap do Rio de Janeiro.
 
Outros grandes músicos argentinos gravaram mensagens de apoio ao Fórum. Vejam aqui os vídeos de Leon Gieco, Victor Heredia e Piero. A solidariedade latino-americana continua vivíssima. Todos e todas a Porto Alegre pela PAZ na Colômbia!

Até logo! Hasta luego!

5/18/2013

PARAGUAI TAMBÉM SE MOBILIZA EM APOIO AO PROCESSO DE PAZ COLOMBIANO

Najeeb Amado, secretário-geral do Partido Comunista Paraguayo (PCP), que compõe a Frente Guasu, é um dos palestrantes internacionais do Fórum pela Paz na Colômbia. Confira uma entrevista com o jovem líder da esquerda sobre a conjuntura política de seu país e o processo de solidariedade com a Colômbia

- Qual a situação atual dos movimentos populares no Paraguai?

No Paraguai estamos trabalhando pelo reagrupamento do movimento popular, cujo tronco político hoje é a Frente Guasu (guasu significa “grande” no idioma guarani), uma articulação de partidos e movimentos políticos de caráter anti-imperialista. Com o resultado que obtivemos nas recentes eleições conseguimos nos constituir como a terceira força eleitoral, resultado inédito para a esquerda na história política de meu país.

Desde o fim das eleições, estamos trabalhando pela convocação ao Congresso Nacional da Frente Guasu, que pretendemos realizar no dia 10 de novembro deste ano. Ao mesmo tempo estamos compartilhando nossa agenda legislativa, produto do Tape Guasu (Grande Caminho, que é como chamamos ao programa da Frente), com os movimentos de operários, camponeses, estudantis, territoriais, culturais, juvenis e outros.

Ao mesmo tempo em que a vitória de Horacio Cartes fecha uma espécie de trilogia (Massacre de Curuguaty em 15 de junho de 2012, golpe de estado parlamentar em 22 de junho de 2012 e eleições gerais em 21 de abril de 2013) da restauração conservadora reacionária e com traços terroristas, a campanha eleitoral da Frente Guasu, com grandes mobilizações e as votações a favor de nossa proposta claramente anti-imperialista, antioligárquica e popular, mostra uma crescente organização na das maiorias trabalhadoras do campo e da cidade que padecem da impotência de uma classe dominante e de um Estado oligárquico que se mostram absolutamente incapazes de resolver favoravelmente a melhoria da qualidade de vida de setores cada vez mais amplos da população paraguaia.

- Por que o Fórum pela Paz na Colômbia, que acontece de 24 a 26 de maio em Porto Alegre, é importante?

É muito importante que os povos de Nossa América nos expresmos de maneira conjunta a favor da paz com justiça social pra o povo colombiano. Nesse sentido, o Fórum pela Paz na Colômbia que será realizado em Porto Alegre permite uma expressão unificada de apoio aos esforços para alcançar essa paz de terra, essa paz de trabalho digno, essa paz de moradia pra todas e todos, paz de saúde e educação gratuitas e de qualidade, pelas quais tantos homens e mulheres lutaram e deram a vida. Neste Fórum poderemos enriquecer este sentido, esta construção de Nação entendida como povo que se protege e assegura o futuro para seus filhos e filhas, fazendo valer a voz das maiorias, dando matéria e coerência a uma verdadeira democracia. Porque compreendendo o sentido e a importância de uma paz na Colômbia podemos entender nossos processos em cada um de nosso países e avançar na necessária articulação e unidade das lutas populares.

- Quais as implicações que a construção da paz na Colômbia pode ter para o Paraguai e para a América Latina?

Eu dizia que analisar e tentar entender o processo colombiano e fazê-lo nosso, é fundamental para fortalecer as lutas em cada um de nossos países. Acontece que a Colômbia tem sido o centro de operação do imperialismo ianque em nosso continente. Para o Paraguai é de vital importância conhecer o processo colombiano e contribuir para a solução política do conflito social armado que este lindo país vive, porque, entre outras coisas, o Paraguai tem uma localização geoestratégica importante para o Cone Sul de Nossa América e, de fato, o objetivo do imperialismo norte-americano é consolidar em meu país o caráter de centro ao serviço de seus interesses para monitorar os processos regionais, explorar seus recursos naturais e humanos e desestabilizar os avanços democráticos no Brasil, na Argentina, no Uruguai e na Bolívia. Além disso, o fenômeno da mobilização massiva e combativa com a consolidação da Marcha Patriótica como força social e política de massas nos gera uma referência fundamental na hora de compreender o que é a sociedade em seu processo de transformação e formação de consciência, que em última instância destrói e constrói suas estruturas de domínio.

- Poderia enviar uma mensagem a todos lutadores pela paz com justiça social do continente e fazer um chamado para participar do Fórum?

Participar do Fórum pela Paz na Colômbia é um grato dever para qualquer pessoa de bem, porque o Terrorismo de Estado deve ser combatido de maneira exemplar, unitária e popular. Defender a paz com justiça social na Colômbia é defender a vida, é fazer realidade aquela bela e certeira frase de José Martí, que esquenta nosso sangue e dá ritmo a nosso corações quando lembra que “Pátria é humanidade”. Sentir-se parte de um projeto histórico de libertação e entender que, como muito insistiu uma companheira e poeta paraguaia, lutadora exemplar, chamada Carmen Soler, deve-se amar a vida, e por amá-la tanto não se pode querê-la indigna, é simplesmente gratificante. Minha saudação e adimirção a cada homem
e cada mulher que não cede sua dignidade e que manifesta dia a dia a alegria de viver lutando por um mundo melhor, sabendo sem dúvidas que a paz sem voz não é paz, é medo.

5/16/2013

COLETIVA DE IMPRENSA MARCA LANÇAMENTO OFICIAL DO FÓRUM EM PORTO ALEGRE

Texto: Samuel Maciel / PMPA

A secretária de Formação da CTB-RS, Eremi Melo, o vice-prefeito Sebastião Melo e o colombiano Mauricio Avilez: a Colômbia vive um momento único pela paz.

O “Fórum pela Paz na Colômbia – Justiça Social, Democracia e Soberania”, que será realizado em Porto Alegre nos dia 24 a 26 de maio, teve seu lançamento oficial durante entrevista coletiva realizada no auditório da AFOCEFE Sindicato, na manhã de segunda-feira, 13 de maio.

Com apoio do Governo do Estado, da Prefeitura – representada no ato pelo vice-prefeito Sebastião Melo – e pela Assembleia Legislativa – local onde será realizada toda a programação – o coordenador do Fórum e porta-voz da Marcha Patriótica no Brasil, Mauricio Avilez, justificou a realização do Fórum. “A Colômbia vive um momento histórico único, pois existem condições enormes para a paz. As manifestações do atual governo demonstram uma real vontade para resolver o conflito que já dura mais de 50 anos. Atualmente está sendo realizado o processo de diálogo em Havana (Cuba), onde estão reunidos membros do governo das FARC desde 18/10/2012. Tanto o governo quanto as FARC manifestam desejo de superar as divergências para que a Colômbia possa finalmente viver em paz”.

Mauricio revelou dados impressionantes sobre a situação atual que vive grande parte da população colombiana. “A Colômbia possui na atualidade mais de 5 milhões de refugiados internos. É o país com o maior número de refugiados do mundo. Quase todos são camponeses que foram obrigados a abandonar suas terras (a população total é de 46 milhões) e não têm como sair do país. Há registros de 67 mil pessoas desaparecidas (dados oficiais da Organização das Nações Unidas – ONU). Cerca de 64% de assassinatos de sindicalistas em todo o mundo ocorrem na Colômbia. E há mais de 9 mil presos políticos, entre sindicalistas, lideranças sociais, os defensores dos direitos humanos, os jornalistas independentes e líderes estudantis”. Prova de que o momento é único para a tão sonha paz, que em 9 de abril ocorreu a “Marcha pela Paz”, que reuniu 1,5 milhão de pessoas nas ruas de Bogotá, como lembrou Mauricio. Por esse momento único, as organizações que compõem o comitê organizador decidiram realizar o “Fórum pela Paz na Colômbia” em Porto Alegre. A capital gaúcha foi escolhida porque vem sediando eventos de impacto, como o Fórum Social Mundial, os fóruns sociais temáticos e, mais recentemente, o Fórum Social Mundial Palestina Livre.

A diretora da Secretaria de Formação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Eremi Melo, uma das entidades organizadoras, destacou a importância da presença dos governos estadual e municipal, além do Poder Legislativo no evento: “Apenas com os integrantes dos movimentos sociais, nós temos dificuldade de obter espaços, mas quando o governo participa, a imprensa é mais sensível às questões tão importantes como esta. É fundamental a divulgação deste Fórum. E nós temos a obrigação de contribuir para o processo de paz na Colômbia, sendo participativos e atuantes nos debates que serão realizados na Assembleia. A paz no mundo hoje se tornou uma grande bandeira para os trabalhadores e trabalhadoras, pois a juventude, as mulheres e as crianças são as que mais sofrem com as guerras”, assinalou Eremi Melo.

O vice-prefeito Sebastião Melo garantiu o apoio do governo municipal à iniciativa. “Nossa cidade é muito acolhedora e solidária na luta pela igualdade, respeitando as diferenças. Há várias crises instaladas no mundo e a Colômbia está dentro deste contexto. Fico feliz de saber que Porto Alegre exerce protagonismo nesse processo de busca pela paz. É muito importante, não só a presença da América Latina, como as ‘Madres da Plaza de Mayo’, que virão, mas que todo o mundo esteja aqui. O prefeito Fortunati assegurou que tudo o que for necessário será feito para que o Fórum pela Paz na Colômbia tenha êxito. É muito acolhedor recebê-los”, afirmou Sebastião Melo.

O Comitê Organizador do Fórum pela Paz na Colômbia é composto por mais de 2 mil organizações sociais colombianas e por cerca de 70 entidades brasileiras. Estão sendo esperados cerca de 2 mil participantes, sendo mil de países da América Latina e mil de todo o Brasil. Os eixos centrais que vão nortear os debates no Fórum são Justiça Social, Democracia e Soberania. Serão debatidos temas como a participação de jovens, mulheres e trabalhadores nos processos de paz, além de serem discutidos assuntos como a questão da terra, direitos humanos e militarização.

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A TVE-RS também reportou em seu telejornal a realização do Fórum pela Paz na Colômbia. Veja a partir dos 9min26s: http://www.youtube.com/watch?v=6ENTpyoA4o4&list=UUibGg_isg69dOUFNedG7UnA&index=4

5/09/2013

CONVITE PARA COLETIVA DE IMPRENSA


RELEASE: PORTO ALEGRE RECEBE FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA

Evento reúne importantes personalidades defensoras do processo de paz neste país que enfrenta mais de 50 anos de conflito armado 

Seguindo sua tradição de ser centro de reunião para processos de solidariedade internacional, Porto Alegre está nos preparativos finais para receber o Fórum pela Paz na Colômbia, que reunirá pessoas e entidades de diversos países da América Latina e Europa durante os dias 24, 25 e 26 de maio. O evento busca reunir a sociedade civil colombiana e internacional em um importante momento histórico, já que desde novembro do ano passado acontece em Cuba uma mesa de diálogos entre o governo colombiano e a insurgência armada representadas pelas Farc, em busca de uma solução política para o conflito.

O Fórum recebe apoio de mais de duas mil organizações colombianas e possui em seu Comitê Organizador mais de 70 entidades brasileiras. “Queremos reunir as contribuições de experiências, produções acadêmicas e culturais das pessoas lutadoras pela paz, pelos direitos humanos e pela democracia de nossa América, que ajudem o movimento popular e social colombiano a ampliar a mobilização social pela paz, porque podemos ser um ator fundamental na busca de acordos legítimos que apontem a resolução das causas sociais do conflito armado”, afirma Mauricio Avilez, um dos coordenadores do evento.

Os eixos centrais que nortearão o debate são Justiça Social, Soberania e Democracia. Serão debatidos temas como a participação de jovens, mulheres e trabalhadores nos processo de paz, além de discutidos assuntos como a questão da terra, direitos humanos e militarização. O evento deve culminar em um espaço de diálogo entre os participantes do Fórum com os representantes do governo colombiano e das Farc, que devem apresentar seus pontos de vista sobre a situação do país e as negociações de paz. Por fim, será realizada uma assembleia geral na qual será elaborada uma carta final pelos participantes.

Entre os debatedores convidados estão a defensora de direitos humanos Piedad Cordoba, ex-senadora e porta-voz do Movimento Político Marcha Patriótica; Gloria Inéz Ramirez, senadora colombiana pelo Polo Democrático Alternativo; as Mães da Praça de Maio; os deputados do parlamento europeu Willy Meyer e Diana Urrea; Najeed Amado, deputado do Parlamento Sul-Americano pelo Paraguai; Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz, entre outros militantes dos direitos humanos e lideranças sociais, políticas e acadêmicas.

Além disso, o Fórum recebe atividades culturais como um grupo de música folclórica colombiana de gaitas e tambores; grupo de musica folclórica da Argentina; o Bonde da Cultura de Rio de Janeiro; além do show Cantoria Brasileira, de Pedro Munhoz, Cícero de Crato e Zé Pedro Rocha e da apresentação do cantor e compositor uruguaio Daniel Viglietti, considerado um dos maiores expoentes da música de protesto latino-americana.

SERVIÇO 
Fórum pela Paz na Colômbia
Data: 24 a 26 de maio
Local: Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (RS)
Inscrições: R$ 20,00
Mais informações: http://forumpelapaznacolombia.blogspot.com.br

VICE-PREFEITO DE PORTO ALEGRE APOIA O FÓRUM PELA PAZ

Publicado no site da CTB-RS 

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, em nome do Comitê Organizador local do Fórum pela Paz na Colômbia, reuniu-se com o vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, a fim de convidar o governo municipal para a participação no evento que será realizado de 24 a 26 de maio na Assembleia Legislativa. Na ocasião, foi solicitado o apoio político e operacional com o objetivo de ceder instalações para acomodar as delegações dos países sul-americanos, bem como recepcionar as autoridades e lideranças parlamentares, entre os quais estão confirmados a senadora Gloria Inez Ramirez, o deputado federal Ivan Cepeda, ambos da Colômbia, além de Wily Meyer e Diana Urrea, deputados espanhóis na União Européia.


O advogado dos Direitos Humanos da Colômbia, Maurício Avilez, um dos coordenadores do Comitê Organizador do Fórum pela Paz, ressaltou a importância do evento. “Nosso objetivo é que se possa conseguir a solidariedade latino-americana, principalmente a brasileira, para respaldar o processo de paz, atualmente em fase de diálogo que está sendo realizado em Cuba entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).”

Segundo Maurício Avilez, Porta-Voz da Marcha Patriótica no Brasil, em torno de mil pessoas estarão presentes no Fórum. Virão delegações da Argentina, do Uruguai, da Colômbia, do Chile, Paraguai e Venezuela. Do Brasil, virão comitivas do Rio de Janeiro, São Paulo, da Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina.


O vice-prefeito Sebastião Melo aceitou o convite e lembrou o fato de que Porto Alegre tradicionalmente tem sido protagonista de eventos por causas humanitárias, entre as quais citou a organização do Fórum Social Mundial, Fórum Social Temático e, recentemente, do Fórum Palestina Livre. Melo adiantou que a Prefeitura vai apoiar no que for necessário, dentro do que a lei permitir, para que este Fórum tenha a repercussão e as dimensões das causas que o motivam.

5/06/2013

A COLÔMBIA É AQUI

A seguinte nota de imprensa foi publicada no Jornal da Seção Sindical dos Docentes da UFRJ correspondente ao 06 de maio, na página 12 e esta disponível no site www.adufrj.org.br

Fotos: Samuel Tosta 

Porto Alegre recebe lideranças de vários países da América Latina para discutir o processo de paz na Colômbia.

A Colômbia vive um momento de efervescência política. A repercussão é restrita no restante do continente porque o assunto está fora do noticiário da grande mídia conservadora. Por isso é quase surpreendente que, de uma hora para outra, chegue a informação  de que nos próximos dias 24, 25 e 26 de maio será realizado em Porto Alegre (RG) o Fórum pela Paz na Colômbia. Trata-se de uma reunião para a qual são esperadas lideranças de vários países da região, organizada pela Marcha Patriótica, movimento político colombiano com amplos contatos internacionais. Militantes buscam apoio da opinião internacional para o processo de negociações aberto com a mesa de diálogo entre o governo e as Farc.

“A paz no nosso país não interessa apenas ao governo e às Farc. A paz interessa aos camponeses, ao povo colombiano”, observa Sérgio Quintero, responsável pela comissão de comunicação do fórum de Porto Alegre. Quintero foi um dos organizadores do encontro que durou um dia na Uerj, com o apoio de sindicatos, partidos e de organizações do movimento social.




Na reunião da Uerj – que contou com a presença do cônsul da Venezuela no Rio, Edgar González- ficou-se sabendo que, há algumas semanas, uma multidão estimada em mais de um milhão de pessoas ocupou as ruas de Bogotá para pedir paz. Quintero explica que a discussão sobre a paz no seu país não pode se restringir ao aspecto militar. “Esta discussão tem que envolver o debate sobre um projeto de sociedade para a Colômbia,com participação de todos”.

O lema do movimento Marcha Patriótico reclama “a luta pela segunda e definitiva independência de todos os povos da América Latina”. A primeira, segundo eles, foi há 200 anos, com as lutas de Simon Bolívar. A Marcha é, portanto, uma força política bolivariana. Na reunião da Uerj, outro militante da organização, Juan Pablo Tapiro, fez um histórico dos conflitos e das tentativas de paz nos últimos 30 anos. Na sua exposição, Juan lembrou o esforço para se envolver o conjunto da sociedade civil (representados pelos movimentos sociais e populares) no debate em busca de um acordo.

As discussões foram encaminhadas por meio de três eixos: justiça social, democracia e soberania. Os participantes debateram sobre a realidade da América Latina e, especificamente sobre as situações na Colômbia e no Brasil.

Paz com justiça social 

Pontos para o Fórum de Porto Alegre

Terra: necessidade da distribuição e apoio do orçamento público dando conta das garantias de indústria agropecuária para uma melhor produção, reconhecendo a diversidade territorial (cultural, geográfica etc.), impulsionando a soberania alimentar, enfrentando os interesses imperialistas de monocultivos, agroindústria e extração de minerais.

Direitos Humanos: denúncia dos crimes cometidos pelo Estado e as suas forças aliadas no enfrentamento às propostas alternativas ao regime imposto pelas classes dominantes. 

Reconhecimento do caráter político da guerra: enfrentando a ideia do antiterrorismo imposta pelos Estados Unidos. Acompanhamento da mesa de diálogo entre as forças insurgentes e o Estado colombiano, na perspectiva de uma saída política ao conflito, com a construção de um país em paz com justiça social.

Construção do poder popular: fortalecendo as iniciativas organizativas, de formação e comunicação que representam os interesses das bases do povo colombiano. De maneira especial, se reconhece a importância das Constituintes pela Paz e as Zonas de Reserva Camponesa impulsionadas pela Marcha Patriótica.

Integração dos povos da América Latina: lutando pela articulação das lutas emancipadoras e o reconhecimento da Pátria Grande Bolivariana, enfrentando os interesses do imperialismo que impede os avanços da nossa América.

Jovens na política: constituição de um mecanismo de articulação da juventude latino-americana em solidariedade à paz da Colômbia. 

5/05/2013

ENTREVISTA COM PEDRO MUNHOZ, QUE SE APRESENTA NO SHOW PELA PAZ NA COLÔMBIA

Uma das atrações artísticas e culturais do Fórum pela Paz na Colômbia, Pedro Munhoz traz no sangue tanto a arte como a política. De seu pai, operário que militou na juventude comunista e posteriormente nas fileiras do brizolismo, herdou a veia crítica que o fazem um artista muito comprometido com as causas sociais. De sua mãe, afinada e de bom gosto musical, e de seu irmão, artista plástico e teatrólogo, aprendeu a gostar das artes. Com seu tio Jaime conheceu a cultura popular e o circo e para seu avô Zeca, grande incentivador, apresentava suas primeiras peças aos 4 anos de idade.

O menino de Barra do Ribeiro, Rio Grande do Sul, cresceu sem perder o compromisso político e a sensibilidade artística. A letra e melodia de Pedro conquistaram o Brasil recentemente com a música “Canção da Terra”, gravada pelo grupo Teatro Mágico e tema da novela Flor do Caribe. Ele se apresenta em companhia de Cícero do Crato e Zé Pedro Rocha no Show pela Paz na Colômbia, no dia 24 de maio, como parte da programação do Fórum.

Pedro Munhoz gentilmente nos concedeu uma entrevista e ainda gravou um vídeo convidando todos e todas a participarem do Fórum pela Paz na Colômbia, de 24 a 26 de maio em Porto Alegre.


ENTREVISTA:

- Arte e política podem andar juntas? Qual a importância da arte para a política e da política para a arte?
Não tem como dissociá-las. A cultura e a arte refletem a sociedade, sua economia, a política, sua estrutura de meios e modos de produção. Ao artista cabe o seu comprometimento com as verdades desta Sociedade, ainda que muitas vezes seja cooptado, fazendo o jogo do Poder. Forma e Conteúdo são as armas poderosas para dizer a verdade ou para ocultá-la. Nos colocamos na primeira opção.

- Qual a importância de resgatar os cantos, musicalidade, tradições e sabedorias dos rincões do
Brasil e da América Latina?
Penso que a palavra chave é: RESISTÊNCIA. Esta é a mais importante ação. Aos/as que militam no mundo das artes é preciso formação permanente para que a sua linguagem artística seja ferramenta permanente na construção de uma nova Sociedade e veja bem, isto não é um jogo de palavras bonitas que estou fazendo aqui. Não, não. O artista popular engajado numa proposta de luta por tempos melhores, precisa ser politizado, dominar as técnicas do seu fazer artístico, usá-las de maneira convincente, ocupando espaços, promovendo o debate, aprendendo sempre. Daí a importância do resgate dos saberes, da cultura popular, andando pelos mais distantes rincões do Brasil, da América Latina e do Mundo, pois a opressão está em todos os lugares.

- Como você vê a relação entre Brasil e América Latina? Como podemos nos aproximar mais?
O Brasil sempre comportou-se como império para os demais países da América Latina. Este é um legado português mantido até hoje. Se vê isto em muitos Estados do Brasil, um país de costa para o seu Continente, ao mesmo tempo se considerando hegemônico por ser o maior em extensão. A maneira de diminuir esta distância é de certa forma com os exemplos de países como Equador, Bolívia, Uruguai, Venezuela que propõem uma luta conjunta contra os desmandos e domínios como o que ocorre na Colômbia por parte dos EUA, combatendo o bloqueio contra Cuba, com ações concretas como faz o MST e tantas outras organizações sociais do Brasil.

- Você já foi na Colômbia? O que conhece da situação deste país? Como acredita que os
brasileiros e latino-americanos podem contribuir para a paz neste país irmão? 
Não, nunca fui a Colômbia. Conheço um pouco de sua história, sua situação social, conheço Julian Rodriguez, um artista colombiano com quem convivi no Equador quando lá estive em 2010. Conheço muitos lutadores e lutadoras da Colômbia ao redor do mundo, por onde já passei. Oxalá um dia tenha a honra de ir a este país-irmão.

- O que os participantes do Fórum pela Paz na Colômbia podem esperar de sua apresentação no evento? 
Penso que podem esperar uma apresentação engajada, comprometida, coerente entre aquilo que vivo e aquilo que canto. Espero que possamos interagir pois o artista popular nada mais é do que um juntador de histórias, suas e de outros, juntador de experiências sintetizadas em canções e devolvidas a quem de direito: O povo, em situações de vida, vividas muitas vezes de forma indevida e injusta. Sou um cantador de histórias reais. Me considero assim.

4/30/2013

INFORME # 1 PARA MEIOS DE COMUNICAÇÃO PARTICIPANTES NO FÓRUM PELA PAZ NA COLOMBIA

A Comissão de Comunicações do Fórum pela Paz na Colômbia, que acontece nos dias 24, 25 e 26 de maio na cidade de Porto Alegre (Brasil), convida os meios de comunicação impressos, eletrônicos, de rádio e televisão, assim como diversas revistas, organizações e espaços de difusão acadêmica e política que estejam interessados em participar do evento. No Fórum se reunirão lideranças sociais e políticas de diversos países latino-americanos, assim como do Parlamento Europeu, com o objetivo de apoiar a paz na Colômbia e a integração dos povos.

As atividades do Fórum serão realizadas nas instalações da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, localizada na Praça Marechal Deodoro, 101. Nas instalações da Assembleia estará localizada a Sala de Imprensa, a partir da qual se coordenará a cobertura jornalística do evento, e onde se espera oferecer as condições para o trabalho de difusão. Na inscrição para o evento, existirá um registro especial para os meios de comunicação participantes.

Nos próximos informes da comissão de comunicações se enviará informação sobre as pessoas convidadas e a programação do Fórum. Enquanto isso, vocês podem acompanhar as novidades através do seguinte endereço eletrônico http://forumpelapaznacolombia.blogspot.com.br.

Comissão de Comunicações
Fórum pela Paz na Colômbia

Contatos:
E-mail geral: forumpelapazcolombia@gmail.com
Rio de Janeiro (21) 7673 2880 / seranquilog@hotmail.com
Porto Alegre (51) 8132 7444 / tofeme@gmail.com

 

4/25/2013

PIEDAD CÓRDOBA DESTACA IMPORTÂNCIA DO FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA

"O Fórum é muito importante porque o apoio internacional é definitivo não só para a Colômbia, mas para toda a região, para que o povo entenda que é preciso conseguir a paz", disse  a ativista de direitos humanos e porta-voz do Movimento Marcha Patriótica

*Publicado no site Vermelho.

Córdoba: Saída para Colômbia é a integração; sozinhos não podemos

Por Vanessa Silva e Leonardo Wexell Severo, de Caracas

 A Colômbia vive um momento histórico de diálogo entre o governo e as Farc. Mobilizada, esta sociedade vive um intenso debate e participação em torno dos Diálogos de Paz. Para a ex-senadora, Piedad Córdoba, em entrevista ao Portal Vermelho, “os colombianos não conseguem encaminhar este processo sozinhos”, daí a importância do apoio de países como Brasil, Cuba, Venezuela e de eventos como o Fórum pela Paz na Colômbia.

Joka Madruga/ ComunicaSul

Em Caracas, onde participou do processo eleitoral venezuelano, a ativista de direitos humanos e porta-voz do Movimento Marcha Patriótica ressaltou a importância do ex-presidente Hugo Chávez para o início das conversações entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP), o governo e a sociedade colombiana que tiveram início com a instalação dos Diálogos de Paz no país. “Chávez com sua inteligência sabia a importância do fim da guerra na Colômbia para a paz na América Latina. Temos que ter consciência de que sozinhos os colombianos não podemos. Por isso, precisamos do apoio de todos os latino-americanos”.

No início de abril, milhares de colombianos saíram às ruas para expressar apoio aos diálogos de paz instaurados em Havana com o apoio de Cuba, Venezuela, Chile e Noruega. “Conseguimos mobilizar quase um milhão de pessoas: camponeses, indígenas, negros, indígenas, mulheres, estudantes em torno da paz”, conta a ativista pelos direitos humanos.

Portal Vermelho: Qual é a importância que Chávez teve na instalação do processo de paz na Colômbia?

Piedad Córdoba: Muitíssima porque sempre esteve muito interessado na paz. Ele ajudou muito no processo de libertações [de prisioneiros das Farc], sem o qual creio que não estaríamos neste momento começando o que se conhece como a Mesa de Havana. Sua participação permanente, contribuição, colaboração, foram definitivas. Sem isso, não creio que teria sido possível pensar que podemos conseguir a paz. Milhares de colombianos foram às ruas para respaldar este processo.

Como avalia o atual momento da Colômbia?
Joka Madruga/ ComunicaSul

É muito importante e a Marcha Patriótica avalia que temos muita força. Muitas pessoas foram mobilizadas. As pessoas estão buscando a paz e não querem o fracasso das negociações da Mesa de Havana. É uma chance tanto para o governo nacional, como para as Farc de avançar para que também se incluam o Exército de Libertação Nacional (ELN) e a sociedade [nos diálogos em Havana].

Será realizado no Brasil, entre os dias 24 e 26 de maio, o Fórum Pela Paz na Colômbia. Como ele poderá contribuir com este processo? 

O Fórum é muito importante porque o apoio internacional é definitivo não só para a Colômbia, mas para toda a região, para que o povo entenda que é preciso conseguir a paz. A paz da Colômbia é a paz da região também, e nós temos uma ameaça muito grande pelo que significa a incidência dos Estados Unidos na Colômbia. Então creio que do ponto de vista ético e humanitário, a Colômbia está passando por um momento histórico muito complicado e muito grave. Nessa medida, a comunidade internacional tem pressionado para que isso [o conflito] realmente acabe. Diante do marco deste processo, vamos gerar imaginários a favor da paz na América Latina e na própria Colômbia.

Como se comportam os grandes meios de comunicação diante dos processos de paz? 

Eles agem como agem sempre. São porta-vozes do poder estabelecido, que resiste a dar espaço à participação política, à mudança do número da pobreza e miséria institucional, a dar margem para outras alternativas. Resumindo, ela tem um péssimo papel de isolamento, macartização [mudança nas leis dos Estados Unidos para a perseguição de comunistas, progressistas, esquerdistas] e acusações que contribuem muito pouco para que as pessoas se informem de verdade e livremente sobre o país.

Acompanhe o especial do Portal Vermelho sobre os Diálogos de Paz na Colômbia

4/24/2013

GOVERNO DO ESTADO DE RIO GRANDE DO SUL COMPROMETE-SE EM APOIAR O FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA




Delegados do Comitê Organizador do Fórum pela Paz na Colômbia reuniram-se nesta segunda-feira, 22 de abril, com o Chefe de Gabinete do Governador de Rio Grande do Sul, Ricardo Zamora e com a coordenadora Juçara Dutra Vieira assessora superior do Governador.

Na reunião foram apresentados informes da situação política colombiana; do processo de paz; e da mobilização pela paz de mais de um milhão de pessoas colombianas, no dia 9 de abril. Da mesma forma foi apresentado o Fórum pela Paz e seus objetivos: construir uma paz com justiça social com a participação da sociedade civil e a necessidade da solidariedade internacional.



O Governo do Rio Grande do Sul comprometeu-se em apoiar o Fórum pela Paz na Colômbia para que o mesmo se realize da melhor forma possível. O Chefe de Gabinete do Governador de Rio Grande do Sul, Ricardo Zamora, expressou em nome do governo sua solidariedade com o povo colombiano em sua busca pela paz com justiça social.  



O Fórum pela Paz na Colômbia: Justiça Social, Democracia e Soberania acontecerá na cidade de Porto Alegre nos dias 24, 25 e 26 de maio do presente ano. No evento participarão lideranças sociais e políticas dos países da América Latina e deputados da União Europeia.


As atividades acontecerão nas instalações da Assembleia Legislativa, localizada na Praça Marechal Deodoro, 101. As inscrições para participar do Fórum se encontram abertas no blog: www.forumpelapaznacolombia.blogspot.com. Nesse mesmo endereço eletrônico se encontram as informações e as atividades do Fórum.

PRESIDENTES DAS COMISSÕES DE DIREITOS HUMANOS COMPROMETEM-SE COM O FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA



Na tarde da última sexta-feira, 19 de abril, delegados do Comitê Organizador do Fórum pela Paz na Colômbia reuniram-se como a presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, vereadora Fernanda Melchionna. O Fórum pela Paz na Colômbia a convidou para compor uma das mesas que debaterá temáticas de memória, verdade e justiça em torno à Paz na Colômbia e a situação de América Latina.

Vereadora Fernanda Melchionna

A vereadora Fernanda Melchionna comprometeu-se com o Fórum pela Paz na Colômbia e em lutar junto ao povo colombiano na busca da paz com justiça social. Da mesma forma confirmou sua presença no Fórum para participar da mesa de debate, assim como nas demais atividades que acontecerão.

Dias antes o Comitê Organizador do Fórum, também convidou o deputado Estadual Jeferson Fernandes, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Rio Grande do Sul para participar de uma mesa de debate. O deputado Fernandes saudou a iniciativa do Fórum e expressou sua solidariedade com o povo colombiano na busca da paz. Comprometeu-se em apresentar na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa o pedido para sua participação em tão importante evento.

O Fórum pela Paz na Colômbia: Justiça Social, Democracia e Soberania acontecerá na cidade de Porto Alegre nos dias 24, 25 e 26 de maio do presente ano. No evento participarão lideranças sociais e políticas dos países da América Latina e deputados da União Europeia.

O evento conta com o apoio da Câmara de Vereadores de Porto Alegre e da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Todas as atividades acontecerão nas instalações da Assembleia Legislativa, localizada na Praça Marechal Deodoro, 101. 

Foto Comissão de DH da Assembleia Legislativa de RS

As inscrições para participar do Fórum se encontram abertas no blog: www.forumpelapaznacolombia.blogspot.com. Nesse mesmo endereço eletrônico pode conferir-se toda a informação e as atividades do Fórum.