No último dia 8 de maio, foi realizado na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires (UBA), o pré-Fórum pela Paz na Colômbia em Buenos Aires, como preparativo para o grande Fórum pela Paz na Colômbia que se realiza de 24 a 26 de maio em Porto Alegre. O evento contou com a presença da porta voz do Movimento Político e Social Marcha Patriótica, Piedad Córdoba Ruiz, lutadora incansável pela paz e pelos direitos do povo colombiano, que pode se reunir com organizações politicas e sociais do campo popular argentino, com o movimento estudantil, o governo nacional, o Congresso da República, as Centrais de Trabalhadores, com o objetivo de fortalecer as relações de companheirismo e solidariedade com a Marcha Patriótica.
Esta visita foi uma oportunidade de seguir fortalecendo os laços latino-americanos de respaldo ao processo de paz que se desenvolve entre o governo colombiano e a insurgência armada das Farc-EP e ao mesmo tempo convidar o povo argentino para participar do Fórum pela Paz na Colômbia na cidade brasileira de Porto Alegre, que será um importante evento de apoio à solução política do conflito social e armado que vivemos na Colômbia a mais de 65 anos, convertendo a paz da Colômbia numa tarefa urgente para toda a região como um fato histórico para fortalecer a unidade latino-americana.
Agradecemos pelos reconhecimentos feitos por diferentes setores políticos, acadêmicos, sociais e governamentais a Piedad Córdoba. Agradecemos especialmente à presidência da Câmara de Deputados da Província de Buenos Aires, ao reitorado da Universidade Nacional de La Plata, à Faculdade de Jornalismo da mesma universidade, à Central de Trabalhadores Argentinos, à Federação de Estudantes da Universidade de La Plata, ao movimento Participação Estudantil, à Articulação de Movimentos Sociais pela Alba.
Todos eles reconheceram seu papel fundamental na busca de uma paz estável e duradoura para a Colômbia e como expressou a líder colombiana, “estas distinções são um reconhecimento a um monte de gente que luta de maneira anônima em cada espaço para resistir e avançar” e que “esta visita nos permite transmitir que há um povo que está sofrendo, que está lutando por parir uma nova democracia, mas que sobretudo se soma à lutas de resistência da região. Não nos esforçamos apenas pela paz, e sim pela defesa do que é a região neste momento”.
Continuamos avançando na construção da Pátria Grande Bolivariana, desde a solidariedade dos nosso povos para alcançar a paz com Justiça Social, Democracia e Soberania que Colômbia e toda América Latina necessitam.
Movimento Político e Social Marcha Patriótica – Capítulo Argentina
marchapatriotica.arg@gmail.com, comisioninternacional@marchapatriotica.org
Evento reúne importantes personalidades defensoras do processo de paz neste país que enfrenta mais de 50 anos de conflito armado
Seguindo sua tradição de ser centro de reunião para processos de solidariedade internacional, Porto Alegre está nos preparativos finais para receber o Fórum pela Paz na Colômbia, que reunirá pessoas e entidades de diversos países da América Latina e Europa durante os dias 24, 25 e 26 de maio. O evento busca reunir a sociedade civil colombiana e internacional em um importante momento histórico, já que desde novembro do ano passado acontece em Cuba uma mesa de diálogos entre o governo colombiano e a insurgência armada representadas pelas Farc, em busca de uma solução política para o conflito.
O Fórum recebe apoio de mais de duas mil organizações colombianas e possui em seu Comitê Organizador mais de 70 entidades brasileiras. “Queremos reunir as contribuições de experiências, produções acadêmicas e culturais das pessoas lutadoras pela paz, pelos direitos humanos e pela democracia de nossa América, que ajudem o movimento popular e social colombiano a ampliar a mobilização social pela paz, porque podemos ser um ator fundamental na busca de acordos legítimos que apontem a resolução das causas sociais do conflito armado”, afirma Mauricio Avilez, um dos coordenadores do evento.
Os eixos centrais que nortearão o debate são Justiça Social, Soberania e Democracia. Serão debatidos temas como a participação de jovens, mulheres e trabalhadores nos processo de paz, além de discutidos assuntos como a questão da terra, direitos humanos e militarização. O evento deve culminar em um espaço de diálogo entre os participantes do Fórum com os representantes do governo colombiano e das Farc, que devem apresentar seus pontos de vista sobre a situação do país e as negociações de paz. Por fim, será realizada uma assembleia geral na qual será elaborada uma carta final pelos participantes.
Entre os debatedores convidados estão a defensora de direitos humanos Piedad Cordoba, ex-senadora e porta-voz do Movimento Político Marcha Patriótica; Gloria Inéz Ramirez, senadora colombiana pelo Polo Democrático Alternativo; as Mães da Praça de Maio; os deputados do parlamento europeu Willy Meyer e Diana Urrea; Najeed Amado, deputado do Parlamento Sul-Americano pelo Paraguai; Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz, entre outros militantes dos direitos humanos e lideranças sociais, políticas e acadêmicas.
Além disso, o Fórum recebe atividades culturais como um grupo de música folclórica colombiana de gaitas e tambores; grupo de musica folclórica da Argentina; o Bonde da Cultura de Rio de Janeiro; além do show Cantoria Brasileira, de Pedro Munhoz, Cícero de Crato e Zé Pedro Rocha e da apresentação do cantor e compositor uruguaio Daniel Viglietti, considerado um dos maiores expoentes da música de protesto latino-americana.
SERVIÇO Fórum pela Paz na Colômbia
Data: 24 a 26 de maio
Local: Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (RS)
Inscrições: R$ 20,00
Mais informações: http://forumpelapaznacolombia.blogspot.com.br
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, em nome do Comitê Organizador local do Fórum pela Paz na Colômbia, reuniu-se com o vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, a fim de convidar o governo municipal para a participação no evento que será realizado de 24 a 26 de maio na Assembleia Legislativa. Na ocasião, foi solicitado o apoio político e operacional com o objetivo de ceder instalações para acomodar as delegações dos países sul-americanos, bem como recepcionar as autoridades e lideranças parlamentares, entre os quais estão confirmados a senadora Gloria Inez Ramirez, o deputado federal Ivan Cepeda, ambos da Colômbia, além de Wily Meyer e Diana Urrea, deputados espanhóis na União Européia.
O advogado dos Direitos Humanos da Colômbia, Maurício Avilez, um dos coordenadores do Comitê Organizador do Fórum pela Paz, ressaltou a importância do evento. “Nosso objetivo é que se possa conseguir a solidariedade latino-americana, principalmente a brasileira, para respaldar o processo de paz, atualmente em fase de diálogo que está sendo realizado em Cuba entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).”
Segundo Maurício Avilez, Porta-Voz da Marcha Patriótica no Brasil, em torno de mil pessoas estarão presentes no Fórum. Virão delegações da Argentina, do Uruguai, da Colômbia, do Chile, Paraguai e Venezuela. Do Brasil, virão comitivas do Rio de Janeiro, São Paulo, da Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina.
O vice-prefeito Sebastião Melo aceitou o convite e lembrou o fato de que Porto Alegre tradicionalmente tem sido protagonista de eventos por causas humanitárias, entre as quais citou a organização do Fórum Social Mundial, Fórum Social Temático e, recentemente, do Fórum Palestina Livre. Melo adiantou que a Prefeitura vai apoiar no que for necessário, dentro do que a lei permitir, para que este Fórum tenha a repercussão e as dimensões das causas que o motivam.
Uma das atrações artísticas e culturais do Fórum pela Paz na Colômbia, Pedro Munhoz traz nosangue tanto a arte como a política. De seu pai, operário que militou na juventude comunista e posteriormente nas fileiras do brizolismo, herdou a veia crítica que o fazem um artista muito comprometido com as causas sociais. De sua mãe, afinada e de bom gosto musical, e de seu irmão, artista plástico e teatrólogo, aprendeu a gostar das artes. Com seu tio Jaime conheceu a cultura popular e o circo e para seu avô Zeca, grande incentivador, apresentava suas primeiras peças aos 4 anos de idade.
O menino de Barra do Ribeiro, Rio Grande do Sul, cresceu sem perder o compromisso político e a sensibilidade artística. A letra e melodia de Pedro conquistaram o Brasil recentemente com a música “Canção da Terra”, gravada pelo grupo Teatro Mágico e tema da novela Flor do Caribe. Ele se apresenta em companhia de Cícero do Crato e Zé Pedro Rocha no Show pela Paz na Colômbia, no dia 24 de maio, como parte da programação do Fórum.
Pedro Munhoz gentilmente nos concedeu uma entrevista e ainda gravou um vídeo convidando todos e todas a participarem do Fórum pela Paz na Colômbia, de 24 a 26 de maio em Porto Alegre.
ENTREVISTA:
- Arte e política podem andar juntas? Qual a importância da arte para a política e da política para a arte?
Não tem como dissociá-las. A cultura e a arte refletem a sociedade, sua economia, a política, sua estrutura de meios e modos de produção. Ao artista cabe o seu comprometimento com as verdades desta Sociedade, ainda que muitas vezes seja cooptado, fazendo o jogo do Poder. Forma e Conteúdo são as armas poderosas para dizer a verdade ou para ocultá-la. Nos colocamos na primeira opção.
- Qual a importância de resgatar os cantos, musicalidade, tradições e sabedorias dos rincões do
Brasil e da América Latina?
Penso que a palavra chave é: RESISTÊNCIA. Esta é a mais importante ação. Aos/as que militam no mundo das artes é preciso formação permanente para que a sua linguagem artística seja ferramenta permanente na construção de uma nova Sociedade e veja bem, isto não é um jogo de palavras bonitas que estou fazendo aqui. Não, não. O artista popular engajado numa proposta de luta por tempos melhores, precisa ser politizado, dominar as técnicas do seu fazer artístico, usá-las de maneira convincente, ocupando espaços, promovendo o debate, aprendendo sempre. Daí a importância do resgate dos saberes, da cultura popular, andando pelos mais distantes rincões do Brasil, da América Latina e do Mundo, pois a opressão está em todos os lugares.
- Como você vê a relação entre Brasil e América Latina? Como podemos nos aproximar mais?
O Brasil sempre comportou-se como império para os demais países da América Latina. Este é um legado português mantido até hoje. Se vê isto em muitos Estados do Brasil, um país de costa para o seu Continente, ao mesmo tempo se considerando hegemônico por ser o maior em extensão.
A maneira de diminuir esta distância é de certa forma com os exemplos de países como Equador, Bolívia, Uruguai, Venezuela que propõem uma luta conjunta contra os desmandos e domínios como o que ocorre na Colômbia por parte dos EUA, combatendo o bloqueio contra Cuba, com ações concretas como faz o MST e tantas outras organizações sociais do Brasil.
- Você já foi na Colômbia? O que conhece da situação deste país? Como acredita que os
brasileiros e latino-americanos podem contribuir para a paz neste país irmão?
Não, nunca fui a Colômbia. Conheço um pouco de sua história, sua situação social, conheço Julian Rodriguez, um artista colombiano com quem convivi no Equador quando lá estive em 2010. Conheço muitos lutadores e lutadoras da Colômbia ao redor do mundo, por onde já passei. Oxalá um dia tenha a honra de ir a este país-irmão.
- O que os participantes do Fórum pela Paz na Colômbia podem esperar de sua apresentação no evento?
Penso que podem esperar uma apresentação engajada, comprometida, coerente entre aquilo que vivo e aquilo que canto. Espero que possamos interagir pois o artista popular nada mais é do que um juntador de histórias, suas e de outros, juntador de experiências sintetizadas em canções e devolvidas a quem de direito: O povo, em situações de vida, vividas muitas vezes de forma indevida e injusta. Sou um cantador de histórias reais. Me considero assim.
No sábado dia 27 de abril, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro UERJ, foi realizado o pré-fórum pela paz na Colômbia com participação e apoio de mais de 30 organizações e o cobertura jornalística do Sindicato de professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Revista Virus Planetario.
Este pré-fórum tinha como objetivo avançar nos debates e propostas para a construção da paz na Colômbia. Uma paz com justiça social, democracia e soberania. A mesa de abertura começou com uma saudação feita pelo cônsul da irmã Republica Bolivariana de Venezuela, Edgar González, que destacou que os dois países são um só povo e que a luta pela segunda e definitiva independência é própria de todos os povos da América Latina.
Juan Pablo Tapiro, integrante da Marcha Patriótica, fez uma contextualização sobre os atuais diálogos de paz, refletindo a partir da história da guerra na Colômbia e das iniciativas de diálogo que tiveram lugar nos últimos 30 anos; ele lembrou do posicionamento do governo da Colômbia e das FARC-EP na abertura da mesa atual de diálogo; destacou a luta pela ampliação da participação ao conjunto geral da sociedade civil (especialmente dos movimentos sociais e populares), e por garantir que a mesa continue até que se consiga um acordo. Esta luta se expressa nas Constituintes pela paz e os Cabildos temáticos impulsionados pela Marcha Patriótica, o Congresso Pela Paz, organizado pelo Congresso dos Povos, o Terceiro Encontro de Zonas de Reserva Campesina, o Fórum Agrário pela Paz de dezembro de 2012, múltiplas mobilizações pela paz e pela defesa dos direitos - especialmente a que aconteceu no dia 9 de Abril pela paz com justiça social, a democracia e a defesa do público, onde se manifestaram mais de um milhão de colombianos e colombianas -, e que serão continuadas com a realização do próximo fórum sobre participação política (maio 28, 29 e 30). Outros aspectos assinalados foram a violação sistemática dos direitos humanos, o papel dos meios de comunicação de massa e por fim, o acompanhamento solidário e o apoio internacional em especial da Europa e da América Latina.
Posteriormente, Sergio Quintero, responsável pela Comissão de Comunicação do Fórum pela Paz e também membro da Marcha Patriótica, apresentou o Fórum pela paz na Colômbia, o qual acontecerá nos dias 24, 25 e 26 de maio na cidade de Porto Alegre, Brasil.
Esta iniciativa da Marcha Patriótica, Capítulo Brasil, acontece com a participação de diversas organizações brasileiras (atualmente cerca de 40). Além disso, existem comités do fórum organizados por na Argentina e na Colômbia e está se tentando construir em outros países da América Latina e na Europa. Sergio lembrou os objetivos do fórum: 1) Solução política na guerra na Colômbia, que passa pela construção de uma paz com justiça social, democracia e soberania; 2) participação direta na mesa de diálogos para o conjunto de movimentos populares e sociais e da sociedade civil em geral; 3) cessar fogo bilateral durante o processo de diálogo; 4) fortalecimento da solidariedade entre os povos de Nossa América. Finalmente convocou a todas as organizações para continuar aprofundando seu conhecimento e solidariedade com as lutas do povo colombiano, contribuindo desde suas experiências de luta e a participando do Fórum e fortalecendo a difusão do mesmo por diversos meios.
Depois da mesa de abertura, se realizaram 3 mesas de trabalho, que estiveram baseadas nos três eixos do fórum: Justiça Social, Democracia e Soberania. Os participantes debateram sobre a realidade colombiana e brasileira, assim como da América Latina, partindo do questionamento sobre qual é o significado de cada um desses elementos para a paz e a construção de propostas para o evento de Porto Alegre.
Por fim, foi realizada uma plenária. Ali foram expostos os pontos destacados e as propostas de cada mesa de trabalho. Também foram respondidas algumas perguntas feitas pelos participantes e se decidiu utilizar as memórias do pre-fórum como instrumento para continuar refletindo, debatendo e realizando propostas para o Fórum. Os documentos serão publicados no blog do fórum forumpelapaznacolombia.blogspot.com.br.
Os pontos mais relevantes das mesas de trabalho, particularmente referidas à terra e aos direitos humanos, estão sendo desenvolvidos atualmente na mesa de diálogos na Havana Cuba. É importante o acompanhamento das iniciativas de participação política das organizações do povo colombiano e sua articulação com as lutas dos povos a favor da unidade latino-americana diante do imperialismo. Precisa-se continuar com o debate no próximo Fórum pela Paz que se realizara na cidade de Porto Alegre, os dias 24, 25 e 26 de maio, concluíram os organizadores e promotores do Pre-fórum.
Ao final da tarde foi feita uma avaliação junto com as organizações do Rio de Janeiro que estão apoiando o fórum. Foi reconhecida a importância da articulação entre diversas forças sociais e políticas ao redor da paz na Colômbia. Assinalou-se o fato de que em pouco tempo, novamente o tema da situação colombiana e a possibilidade de uma solução política dialogada para a guerra esteja na agenda de solidariedade das organizações brasileiras. Por tudo isto e mais, o pré-fórum do Rio de Janeiro foi todo um sucesso.
Os preparativos para o Fórum pela Paz na Colômbia se intensificam e o debate sobre o conflito social e armado colombiano se expande no Brasil, sensibilizando pessoas e movimentos sociais sobre a importância de um verdadeiro processo de paz com justiça social, democracia e soberania. No dia 11 de abril foi a vez da cidade de Vitória (ES) realizar um evento preparatório chamado “Os Caminhos para a Paz na Colômbia”, realizado na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Na mesa de debates estiveram presentes Catalina Torres, estudante colombiana do mestrado em Educação da Ufes, Carolina Ojeda, da Marcha Patriótica Capítulo Brasil e Ana Carolina Ramos, da Agenda Colômbia-Brasil em São Paulo. A composição com três mulheres na mesa mostra a importância da participação feminina na busca da paz, já que as mulheres são vítimas de diversas maneiras do conflito armado. A programação do Fórum, inclusive, possui um espaço para o debate com o tema “Mulheres pela Paz”.
Catalina começou sua fala contando sobre a vida política de Jorge Eliécer Gaitan, candidato presidencial assassinado em 1948, sendo que sua morte ocasionou um violenta reação popular. Ela destacou que a eliminação física das lideranças de esquerda com real possibilidade de questionar o status quo foi uma constante na Colômbia, incluindo o assassinato de Jaime Pardo Leal e Bernardo Jaramillo Ossa, também candidatos presidenciais pela Unión Patriótica nos anos 80.
Em seguida, Ana Carolina Ramos abordou o período da Frente Nacional, quando os partidos Conservador e Liberal pactuaram uma alternância de poder para superar um época de grande violência. Ela destacou que apesar de tentar aparentar um caráter de democracia formal, essa época foi marcada por grande repressão e perseguição ao movimento social e popular, o que levou à radicalização que deu origem às primeiras guerrilhas do país.
A última exposição foi de Carolina Ojeda, que tratou dos temas contemporâneos como o surgimento do movimento político e social Marcha Patriótica e a mesa de diálogos que está sendo realizada entre o governo e a guerrilha Farc-EP em Havana, Cuba. Ela destacou que os diálogos de paz não deve ser realizado apenas entre estes dois atores e deve incluir a sociedade civil e os movimentos sociais colombianos.
Depois das considerações das participantes seguiu-se um emocionante e interessante momento para debates no qual colombian@s e brasileir@s presentes compartilharam sentimentos e dúvidas sobre o conflito social e armado que dura mais de 50 anos no país. No encerramento do evento, um artista colombiano realizou uma breve apresentação tocando uma gaita típica de seu país, promovendo a cultura para integrar os participantes dessas jornadas de informação e solidariedade.
“Acredito que foi conseguido o objetivo de chamar a atenção sobre o tema da saída política e negociada ao conflito colombiano. Foi desenvolvido um verdadeiro intercâmbio ao redor do tema entre o público brasileiro presente e vários colombianos que manifestaram diversas posturas frente ao tema”, avaliou Catalina Torres.
O evento marcou o lançamento oficial da Agenda Colômbia-Brasil no Estado do Espírito Santo, que pretende atuar como um espaço permanente de solidariedade dos capixabas com a Colômbia. “Para nós essa atividade em Vitória foi muito importante porque estamos percorrendo varias regiões do Brasil para promover o Fórum pela Paz na Colômbia e cada vez vamos somando mais e mais pessoas para nossa iniciativa”, afirmou Carolina Ojeda, que também é do Comitê Organizador do Fórum, que acontece de 24 a 26 de maio em Porto Alegre.
Socorro Gomes presidenta do Conselho Mundial da Paz e
CEBRAPAZ compromete-se com o Fórum pela Paz na Colômbia que acontecerá na
cidade de Porto Alegre os dias 24, 25 e 26 de maio 2013.
-------
Socorro Gomes presidenta del Consejo Mundial de Paz CEBRAPAZ se comprometió con el Foro por la Paz de Colombia a realizarse en la ciudad de Porto Alegre los días 24, 25 y 26 de mayo de 2013.
Eduardo Galeano pela Paz na Colômbia
“Nem os deuses nem os diabos condenaram a Colômbia a uma pena de
violência perpétua, que tem causas terrestres e não é uma fatalidade do
destino”, expressou o escritor uruguaio Eduardo Galeano em uma mensagem aos colombianos publicada nesta terça-feira (9).
"Eu amo esse país e sou um dos muitos que queremos dar fé da
solidariedade que merece esse povo e sua contagiosa capacidade de beleza
e alegria", declara.
"Tomara que possamos ajudar para que os
colombianos rompam essas jaulas da violência, nascida da injustiça
social, da impunidade e do medo, e a bem fundo respirem os ventos de
liberdade que com tanto sacrifício ganharam".
----------------------
"Ni los dioses ni los demonios condenaron a Colombia a una pena de violencia perpetua, que tiene causas terrestres y no es su destino inevitable" dijo el escritor uruguayo Eduardo Galeano, en un mensaje enviado a los colombianos este martes 9.
"Yo amo ese país y soy uno de los muchos que quiere dar fe de la solidaridad que merece ese pueblo por su capacidad de contagiar la belleza y la alegría" declaró.
"Espero que podamos ayudar para que los colombianos rompan las jaulas de la violencia, nacida de la injusticia social, de la impunidad y del miedo, y respiren profundamente los vientos de libertad que con tanto sacrificio han ganado".
O Comitê Organizador do Fórum pela Paz na
Colômbia e a Agenda Colômbia-Brasil realizam
um debate em Vitória (ES) para dar visibilidade ao tema do conflito armado
colombiano e às alternativas para um processo de paz com justiça social neste
país irmão.
Participam do debate:
- Carolina Ojeda, da Marcha Patriótica-Capítulo Brasil e Comitê Organizador do
Fórum pela Paz na Colômbia
- Ana Carolina Ramos, doutoranda da USP e integrante da Agenda Colômbia-Brasil
- Catalina Torres, mestranda em Educação na Ufes sobre o conflito armado
colombiano
O objetivo do evento é esclarecer à sociedade e aos movimentos sociais sobre a
situação da Colômbia, que há mais de 50 anos atravessa um conflito armado que
implica mortes, desaparições, graves violações de direitos humanos e inglórios
títulos como o país que tem mais sindicalistas assassinados e o 2o lugar no
ranking de países com maior número de “desplazados”, população obrigada a fugir
de suas casas por conta do conflito armado.
Este debate faz parte dos preparativos para o Fórum pela Paz na Colômbia,
apoiado por mais de 50 organizações sociais brasileiras, que acontece no final
de maio em Porto Alegre. Este fórum é de suma importância pois acontece em meio
às negociações de paz que vem sendo realizadas entre o governo colombiano e a
guerrilha Farc, em Cuba e, paralelamente, ao processo das Assembleias
Constituintes de Paz, promovidas pelos movimentos sociais e sociedade civil
colombianos.
Contamos com sua presença! Confirme sua participação no evento através do
Facebook.
Debate “Caminhos para a paz na Colômbia”
Data: 11 de abril (quinta-feira)
Horário: 19h
Local: Universidade Federal do Espírito Santo (Sala 21 do IC-I)
Ouça
a mensagem enviada às pessoas que estão desenvolvendo atividades pela paz na Colômbia
em outros paises e especialmente ao Foro Pela Paz na Colômbia, que acontecerá nos
dias 24, 25 e 26 de maio em Porto Alegre, Brasil.